sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"Erros grosseiros 1"
Professsor Luiz Antonio SACANA, quer dizer, Sacconi,
no livro Não Erre Mais
1) As casas só podem ser “geminadas”, pois a palavra é derivada de gêmeos. “Germinadas” nem pensar!
2) Ser “de menor” ou “de maior” são expressões comumente ouvidas em rodas de gente estudada, mas estão erradas. “O garoto preso é menor” ou “O rapaz parece uma criança, mas é maior”. Mais exemplos: “O delinqüente é menor de idade” ou “O preso é maior de idade”.
3) “O aluno repetiu o ano.” “A aluna passou o ano.”. Só os italianos que ainda falam mal o português dizem “repetir ou passar de ano”.
4) “O aluno fica para recuperação”, ele nunca “fica de recuperação”.
5) Meu aniversário caiu num domingo. Está errado falar “caiu de domingo”.
6) O filho saiu ao pai, esculpido e encarnado. “Cuspido e escarrado” é impossível.
7) “Saíram elas por elas” é a concordância correta. “Saiu elas por elas” fere os princípios gramaticais.
8) Atenção políticos e advogados da velha guarda. Tive a “subida honra” de saudar o presidente, nunca “a súbita honra”. “Subida” significa elevada; “súbita”, repentina.
9) Aos sábados, não trabalho. Está corretíssimo. Errado é falar ou escrever: De sábado, não trabalho.
10) O sujeito escapou ileso de um acidente de trânsito e comete um desatino, falando: “Faltei pouco para não morrer”. O sujeito da oração é “pouco”, e não “eu”, portanto a forma correta é “Faltou pouco para não morrer”.
11) Mandado de segurança.Os magistrados expedem mandados. Os políticos têm mandato.
12) Estou aguardando notícias. Nada de dizer “estou no aguardo de notícias”. Tal expressão não existe.

"Erros grosseiros 2"
Professsor Luiz Antonio SACANA, quer dizer, Sacconi,
no livro Não Erre Mais

1) “Apêndice supurado” ou “Apêndice estuporado” ? Supurado quer dizer convertido em “pus”.
2) Seu caderno é “espiral” ou “aspiral”? Lógico, espiral, pois o arame do caderno tem a forma da rosca de um parafuso. Quem diz “aspiral”, está dando vexame.
3) Estou quite com o Serviço Militar. Ou é “quites”? Se for uma pessoa só, ela está “quite”, porque “Os jovens estão quites com Serviço Militar”.
4) Neusa é médium/ Neusa é média? Neusa é médium, pois a palavra “médium” é usada para o homem quanto para a mulher, como ídolo, vítima, pessoa.
5) A mala estava leve ou leviana? A mala estava leve, pois uma mala só pode ter pouco peso. “Leviana” significa imprudente, irresponsável.
6) Fiquei fora de mim/Fiquei fora de si? “Fiquei” está na 1ª pessoa, portanto, “fora de mim”.
7) Dessas mulheres, só conheço algumas delas/ Dessas mulheres, só conheço umas par delas? A segunda, nem por brincadeira.
8) Vou trocar-me em dois minutos/Vou vestir-me ou trocar de roupa em dois minutos? Não se deve usar “trocar-se” por vestir-se ou trocar de roupa.
9) O motorista perdeu o controle do veículo/ O motorista perdeu a direção? Perder a direção é perder o rumo.
10) O paciente sentiu melhoras/O paciente sofreu melhoras? Se está sofrendo, então não melhorou.
11) Não saí porque estava chovendo/ Não saí por causa que estava chovendo? Indiscutível, a segunda forma tem apenas uso popular.
12) Ele já acordou/ Ele já se acordou? É impossível alguém se acordar.
13) Se ele não pode comprar isto, que dirá de mim/ Se ele não pode comprar isto, que dirá eu? Se o leitor achar pedante a primeira, que é a correta, use “muito menos eu” ou “quanto mais eu”.
14) Estou com pigarro/Estou com pigarra? Pigarra quem tem é galinha.

"Erros grosseiros 3"
Professsor Luiz Antonio SACANA, quer dizer, Sacconi,
no livro Não Erre Mais

1) Tenho menos sorte que você/ Tenho menas sorte que você? Não se diz nunca “menas”, tal palavra não existe.
2) Inimigo figadal/ inimigo fidagal? O fígado era, segundo os antigos, a sede da ira, do ódio.
3) O rapaz puxava de uma perna/ O rapaz puxava uma perna? Todos os que mancam, puxam de uma perna.
4) Luís é muito xereta/ Luís é muito xereto?
Os homens são também muito xeretas. “Xereto” não existe.
5) O pessoal não gostou do filme/ O pessoal não gostaram do filme? Pessoal exige o verbo no singular, assim como “turma” e outros substantivos coletivos.
6) Prova dos noves/ Prova dos nove? Todos nós dizemos noves fora, mas incompreensivelmente alguém fala “prova dos nove”. Os nomes de algarismos variam normalmente quando sustantivados.
7) Horas extras/ horas extra? Nesse caso, extra é um adjetivo (equivale a extraordinário), por isso varia de acordo com o substantivo.
8) Eu procurava um emprego que condissesse com meu nível cultural/ Eu procurava um emprego que condizesse com meu nível cultural? O pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo “dizer” é “dissesse”, portanto o certo é “condissesse”. Assim acontece com todos os outros verbos derivados de dizer.
9) Não poderíamos dizer isso perante ela/ Não poderíamos dizer isso perante a ela? “Perante” já é preposição, por isso não há a necessidade de outra, o “a”.
10) Não vou lá em hipótese nenhuma/ Não vou lá de hipótese nenhuma? Convém não dizer nem escrever isso em hipótese nenhuma.

3 comentários:

Anônimo disse...

Obrigado, me ajudou muito

Anônimo disse...

É isso aí professor, as pérolas do banco da pracinha, se transformaram numa grande ideia. Ficou muito bom, divertido e educativo, PARABÉNS, essas coisas só saem mesmo da DVO. \o/\o/\o/

Vicente Neto. (Pôpas)

Anônimo disse...

Gostei muito do seu blog professor!